A JBS, maior fornecedora de carne do mundo, confirmou que pagou o equivalente a US$ 11 milhões aos cibercriminosos que paralisaram temporariamente suas operações em um ataque de ransomware. A informação foi revelada em um comunicado publicado nesta quarta-feira (9).
Conforme a nota, a empresa fez o pagamento após a maioria das fábricas retomarem as atividades na semana passada. Ela optou por pagar o resgate dos dados sequestrados após consultar especialistas em cibersegurança.
“Esta foi uma decisão muito difícil de tomar para nossa empresa. No entanto, sentimos que essa era a decisão correta para evitar qualquer potencial risco aos nossos clientes”, destacou André Nogueira, CEO da JBS USA.
No fim de maio, a companhia de alimentos foi atingida por um ataque de ransomware que paralisou nove fábricas nos EUA e causou interrupções em instalações de outros países. Segundo o FBI, o grupo russo REvil é o principal suspeito da invasão.
Como em outros casos, os cibercriminosos bloquearam os principais servidores da empresa e exigiram um resgate em bitcoin para devolver o controle. Se o pedido não fosse atendido, eles vazariam dados corporativos privados na internet.
A JBS revelou que os especialistas ainda estão investigando a origem do ataque. A princípio, as informações confidenciais de funcionários e clientes não foram comprometidas.
Aumento dos ataques de ransomware
Outro caso recente foi o ciberataque ao oleoduto Colonial Pipeline, que causou a escassez de gasolina na Costa Leste dos EUA.
A empresa norte-americana pagou cerca de US$ 4,3 milhões em bitcoin para retomar as atividades. Na semana passada, US$ 2,3 milhões em criptomoedas foram recuperados pelo governo americano.
Durante o ano passado, as vítimas de ransomware pagaram ao menos US$ 412 milhões pelo resgate de dados sequestrados por hackers. Conforme a Chainalysis, grande parte das companhias afetadas não revelam os valores dos pagamentos.
Fonte: https://www.tecmundo.com.br/