Quando a gente fala em mobilidade, naturalmente pensamos em deslocamento, mas mobilidade engloba outras necessidades, como estacionar os veículos, por exemplo. Parece que falta espaço nas grandes cidades. Será mesmo?

Garagens vazias… Motoristas querendo parar o carro. E aí? Para juntar a falta de vagas com a necessidade de estacionar, Samantha Barbieri e Michele D’ippolito criaram um aplicativo pra não deixar a cidade cheia de espaços vazios.

“Pode ser um estacionamento, a gente ocupa a hora ociosa dele tanto no horário comercial ou no horário em que está fechado, ou até a vaga de uma pessoa física que sai para trabalhar durante o dia e aquela vaga fica num lugar nobre desocupado o dia inteiro”, explica Michele.

Tanto quem precisa da vaga quanto quem tem espaço para oferecer deve fazer um cadastro no aplicativo. As informações são confirmadas pela startup pra garantir a segurança de todos. A startup fica com 25% do valor cobrado pela vaga. “A segurança dentro do nosso negócio é um dos pilares de preocupação.”, afirma Samantha Barbieri.

O aplicativo tem duas mil vagas cadastradas. No caso das garagens particulares existe um cuidado a mais. “O usuário que quiser colocar uma vaga dentro da plataforma, pra qualquer um parar, precisa estar de acordo com a convenção do condomínio”, alerta Michele.

O objetivo do aplicativo não é apenas disponibilizar vagas para veículos, mas resinificar esses espaços. Em um estacionamento, por exemplo, a vaga ociosa, se tornou um no depósito para um e-commerce.

“A gente não restringe o uso das garagens pra parar carros. O modelo de logística já esta acontecendo. Os estacionamento e os prédios de grande porte já estão abertos a isso, porque tem parte das vagas que são ociosas o tempo inteiro e que a gente poderia colocar contêineres, armários inteligentes, ou fracionamento de carga.

O serviço é usado pela empresa de logística do Cristiano Baran, que oferece frete mais barato e ágil. “A gente está estimando uma redução de 15 a 20% no custo das entregas.”, declara.

Pode não parecer, mas ter estoques mais próximos do consumidor também alivia o trânsito. Afinal, são menos caminhões e carros circulando nas ruas. “A gente busca uma diferenciação um pouco maior, com entregas de prazos bastante reduzidos, de duas a quatro horas, onde a gente possa ter um nível de atendimento bem alto, só que a um custo bastante competitivo.”, completa Baran.